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O começo

Decidi começar esse “braço” do Pãozinho no Forno por diversos
fatores.
Quando engravidei, eu não tinha a mínima noção de alimentação de
bebês e crianças. Eu só pensava em amamentar, porque pra mim, era mais do que natural. E continua sendo.

Os meses passaram, Eduarda completou seus seis meses em aleitamento
materno exclusivo e foi chegada a hora das papinhas.
Eu, até então só tocava na cozinha para pizzas e comidas calóricas (que ainda amo muito, é verdade), me vi em um dilema materno:

Aprendo a cozinhar ou caio nos industrializados?

Antes de arrancar os cabelos, respirei, pesquisei e me aventurei na cozinha. E quando a gente realmente gosta e acredita em algo, a gente vai adiante, levanta bandeira, se informa, participa de grupos de discussões, vira assunto, vira “dona da verdade”, vira “vad**”, vira “rainha da cocada preta”, mas levanta a cabeça e segue adiante.

Exagero? Experimentem defender algo que todo mundo é contra ou está
acostumado a fazer de um jeito diferente. Experimentem levantar a
bandeira de uma vida saudável sem ser chamada de “natureba” ou
ouvir um “coitadinha da bebê não tem docinho?” com aquela voz
irritante que as pessoas fazem pra falar com crianças.

Experimentem e me digam. É uma luta diária.

Ainda o outro motivo que me levou a criar o blog foi o incentivo das mães do grupo Alimentação Consciente, no Facebook. Como cada coisa que invento pra minha filha eu posto lá, algumas pediram pra eu reunir receitinhas. E aqui estou :)

Pequenos desabafos à parte, começo o blog com uma informação que
recebi ontem. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul faz uma
excelente campanha contra a Obesidade Infantil (aqui está o link)

Folhetos são distribuídos em consultórios (acho que deveria ter em escolas, creches etc hehehehehhe) e eu reproduzo os 10 mandamentos para alimentação saudável aqui para todo mundo ter acesso :)

1. Dar somente leite materno até os seis meses de idade, sem
oferecer água, chás ou outros alimentos
2. A partir de seis meses, introduzir GRADATIVAMENTE outros
alimentos, mantendo o aleitamento materno até os dois anos ou mais
3. Após os seis meses, dar alimentos complementares três vezes ao
dia, se a criança receber leite materno
4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de
horários, respeitando sempre a vontade da criança
5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início.
6. Oferecer à criança diferentes alimentos todos os dias
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas
refeições
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,
salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida.
9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar,
oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos,
respeitando sua aceitação.

Eu acrescentaria abolir industrializados, principalmente na fase de introdução alimentar das crianças. Não tem coisa melhor que se lambuzar com uma fruta ou comer uma comidinha caseira. Além de estimular a mastigação (coisa que papas industrializadas não conseguem, pois a consistência é pastosa demais), as crianças podem conhecer o real sabor das coisas e assim já formar a sua preferência.

Quando me perguntam o porquê de eu não dar doces pra minha filha eu respondo que tudo tem seu tempo. E tem mesmo! mas antes que ela conheça chocolate, bolachinha e coisas com açúcar, eu prefiro que ela tenha o paladar bem formado.

Lá na aba “sobre” eu escrevo um pouco mais a respeito do início e da alimentação da Eduarda. Espero que gostem <3